
Manaus (AM) — A Justiça manteve a prisão preventiva de Rafaela Coelho Ramires, de 22 anos, e Vitória Coelho Dutra, de 25, mãe e madrasta, respectivamente, da menina de cinco anos que morreu na última quarta-feira (27) após sofrer maus-tratos. Elas participaram de audiência de custódia nesta quinta-feira (28) na Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), localizada na zona leste da cidade.
A perícia indicou que a criança apresentava ferimentos graves no fígado e nos rins, trauma abdominal, hemorragia interna e sinais de asfixia mecânica, apontando para um quadro de violência intensa. A menina foi levada ao Hospital Joãozinho, mas não resistiu aos ferimentos.
As investigadas foram detidas em flagrante e responderão pelos crimes de homicídio qualificado, tortura, maus-tratos, omissão de socorro e violência contra criança. Durante a audiência, optaram por não prestar declarações e negaram envolvimento nos fatos.
Segundo vizinhos, a menina enfrentava situações recorrentes de maus-tratos, chegando a pedir alimento a moradores próximos, e a madrasta teria feito ameaças de morte. Uma denúncia registrada em dezembro de 2024 pedia a perda da guarda da criança, mas não teria sido atendida.
O pai da vítima, Oziel, afirmou não ter conhecimento dos abusos e solicitou que a Justiça seja rigorosa. Familiares e amigos se reuniram em frente ao Instituto Médico Legal (IML) após a morte, exigindo punição. Advogados que acompanham o caso destacaram a importância de fortalecer mecanismos de proteção à infância para prevenir tragédias semelhantes.
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