Rio de Janeiro (RJ) – A Polícia Civil prendeu, nesta segunda-feira (18), Amanda Couto Deloca, de 23 anos, suspeita de participar do golpe conhecido como “boa noite, Cinderela”, aplicado contra dois turistas britânicos na capital fluminense. O crime aconteceu no último dia 7, após as vítimas conhecerem Amanda e outras duas mulheres durante uma roda de samba na Lapa.
De acordo com as investigações, os estrangeiros foram drogados e tiveram seus celulares roubados. Além disso, as suspeitas realizaram transferências bancárias, gerando um prejuízo estimado em R$ 116 mil.
Amanda foi localizada em Nova Campina, bairro de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, após trabalho de inteligência realizado pela 62ª DP (Imbariê) em parceria com a Delegacia Especial de Apoio ao Turismo (Deat). Segundo a polícia, a suspeita não ofereceu resistência, reagindo apenas com a frase: “Perdi”. A jovem já havia sido detida em 2023 por crime semelhante.
Outras duas mulheres foram identificadas como envolvidas: Mayara Ketelyn Américo da Silva, de 27 anos, e Raiane Campos de Oliveira, 28. Ambas têm prisão decretada e seguem foragidas. Recentemente, o Ministério Público do Rio de Janeiro denunciou as três pelos crimes de roubo qualificado e associação criminosa, e a prisão preventiva foi determinada pela 19ª Vara Criminal da Comarca da Capital.
Durante as investigações, a polícia analisou imagens de câmeras de segurança e ouviu testemunhas que viram um dos turistas desacordado na orla de Ipanema. Vídeos divulgados nas redes sociais mostram o britânico cambaleando após sair de um táxi e caindo na areia da praia, enquanto as suspeitas deixavam o local em outro veículo.
Os turistas receberam atendimento na UPA de Copacabana e prestaram depoimento à polícia. Segundo a delegada Patrícia Alemany, eles relataram terem conhecido o trio na Lapa e seguido para bares na zona sul, mas não lembram de detalhes exatos do ocorrido, apenas que foram dopados, tiveram os celulares roubados e sofreram transações bancárias fraudulentas.
As investigações apontam que Raiane Campos acumula mais de 20 ocorrências semelhantes e, no ano passado, chegou a ser condenada a seis anos de prisão em regime semiaberto por um caso envolvendo outro turista inglês dopado em samba na Pedra do Sal. A decisão, porém, foi revertida recentemente em segunda instância.
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