Um incêndio de grandes proporções atinge, desde a manhã de terça-feira (5), as fábricas da Effa Motors e da Valfilm da Amazônia, localizadas no Distrito Industrial II, em Manaus. Mais de 18 horas após o início das chamas, o fogo segue ativo e ainda não foi completamente controlado pelas equipes de emergência.
A intensa fumaça preta que se formou com o incêndio cobriu o céu da cidade, sendo visível a quilômetros de distância. Bairros inteiros acompanharam o avanço das chamas, e moradores compartilharam vídeos do incidente nas redes sociais, onde o episódio gerou ampla repercussão.
Combate ao fogo enfrenta obstáculos
Segundo o Corpo de Bombeiros, mais de 140 agentes estão mobilizados em regime de revezamento para conter o fogo. A operação, no entanto, tem enfrentado dificuldades devido à presença de materiais altamente inflamáveis nos galpões das duas fábricas. A equipe utiliza jatos de água e espuma para tentar sufocar o incêndio, mas o avanço das chamas permanece acelerado.
A prioridade neste momento é impedir que o fogo alcance outras estruturas industriais próximas, o que poderia ampliar ainda mais os danos.
Relatos de pânico e feridos
Imagens captadas por trabalhadores e motoristas que passavam pela área registram o momento do início do incêndio. Vídeos mostram funcionários correndo em meio ao caos, tentando se afastar da área atingida enquanto as primeiras labaredas tomavam conta do espaço.
Um dos relatos mais dramáticos é o de Letícia Gomes do Nascimento, grávida de dois meses, que precisou atravessar uma área tomada pelo fogo para conseguir escapar.
Risco de novos focos preocupa autoridades
Ainda não há informações oficiais sobre o que teria provocado o incêndio. Técnicos da Defesa Civil e da Secretaria Municipal do Meio Ambiente estão no local para avaliar os danos e os riscos de novos focos de combustão.
Enquanto isso, as autoridades pedem que a população evite circular pela região, tanto por segurança quanto pela alta concentração de fumaça tóxica no ar. A orientação é que moradores em bairros vizinhos mantenham portas e janelas fechadas.
A tragédia expõe mais uma vez os riscos enfrentados por trabalhadores do Polo Industrial de Manaus e acende o alerta para a necessidade de revisão dos protocolos de segurança em áreas com presença de produtos inflamáveis.
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