MANAUS (AM) — Uma bebê de apenas 1 mês e 13 dias, identificada como Ayla Mirela Rocaio, foi encontrada morta na manhã desta segunda-feira (14/07) dentro de uma quitinete na Rua Pico das Águas, bairro Nossa Senhora das Graças, zona centro-sul de Manaus.
A mãe da criança, Cassiane Rocaio, de 24 anos, relatou às autoridades que a filha mamou durante a madrugada e, após colocá-la para dormir, ela também acabou pegando no sono. Ao acordar pela manhã, percebeu que a bebê não respirava mais. Desesperada, a jovem contou que acredita que a filha possa ter se engasgado com leite ou, possivelmente, que ela mesma tenha rolado sobre a criança enquanto dormia, provocando a asfixia. Ela suspeita que a bebê possa ter tido refluxo e se afogado, mas também cogita que, por ter dormido profundamente, tenha acabado se virando sobre a filha sem perceber.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado por volta das 7h30 e confirmou o óbito ainda no local. A área foi isolada pela Polícia Militar da 22ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom) até a chegada da perícia criminal e do Instituto Médico Legal (IML), que fará o exame de necropsia para esclarecer a causa da morte.
Segundo a proprietária do imóvel, Verônica, de 51 anos, a jovem mãe não era moradora da vila, que aluga quitinetes exclusivamente para adultos solteiros ou casais sem filhos. A presença da criança só foi descoberta na manhã desta segunda, quando Verônica foi ao local para falar com o inquilino Rangel Rodrigues Braga, de 33 anos, e encontrou a mãe em estado de desespero, abraçada ao corpo da filha.
“Ela chegou escondida durante a madrugada, acompanhada do Rangel e de outro homem. Quando vi aquela situação, perguntei se ela havia sido agredida. Ela disse que não, que a filha estava morta”, relatou Verônica.
A Polícia Civil investiga se a morte foi de fato um acidente doméstico ou se há outros fatores envolvidos. A Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca) deve acompanhar o caso para apurar as circunstâncias e ouvir os envolvidos. O exame de necropsia do IML será fundamental para indicar se houve asfixia acidental, engasgo ou refluxo.
A mãe permanece sob forte abalo emocional e deve prestar depoimento formal assim que for liberada pelos profissionais de saúde.
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