Frequentadores da academia Live denunciam atriz trans por insultos e registram boletim de ocorrência

MANAUS | Uma confusão envolvendo uma mulher trans, identificada como, Maria do Rio Negro kaxinawa, causou tumulto na noite desta quinta-feira (3) dentro da academia Live, localizada na avenida Governador José Lindoso, conhecida como Avenida das Torres, no bairro Parque 10, zona Centro-Sul da capital amazonense. A situação gerou acionamento da Polícia Militar e culminou no registro de um boletim de ocorrência por frequentadores do local.

Segundo informações repassadas por funcionários e testemunhas, o episódio teve início após a atriz tentar utilizar o banheiro feminino no primeiro andar da academia, sendo impedida por alunas que estavam no local. O impedimento gerou revolta por parte da cliente, que desceu até a recepção e iniciou um desentendimento verbal com uma funcionária.

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Testemunhas relataram que, após a primeira discussão, a mulher subiu novamente ao espaço de treino e passou a proferir xingamentos contra outras frequentadoras. Em seguida, retornou à recepção, onde continuou com os insultos e ameaças, gerando ainda mais tensão no ambiente.

A Polícia Militar foi acionada e a ocorrência foi atendida pela viatura 5012 da 23ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom). Antes da chegada da guarnição, a atriz deixou o local alegando que teve seus direitos desrespeitados ao ser impedida de usar o banheiro conforme sua identidade de gênero.

Pessoas que estavam no local e se sentiram ofendidas registraram boletim de ocorrência, citando insultos e constrangimento. Até o momento, não há informações sobre a abertura de inquérito policial.

Posicionamento

A equipe de reportagem do EG Notícias entrou em contato com a atriz solicitando posicionamento sobre o ocorrido, mas até o fechamento desta matéria não houve retorno.

Direito garantido por lei

O Supremo Tribunal Federal (STF) já decidiu que impedir uma pessoa trans de utilizar o banheiro correspondente à sua identidade de gênero é inconstitucional, por ferir os princípios da dignidade da pessoa humana, da igualdade e da liberdade.

O caso volta a colocar em pauta a necessidade de ambientes inclusivos e o respeito às pessoas LGBTQIAPN+ em espaços públicos e privados.

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