
O Hospital Delphina Rinaldi Abdel Aziz, em Manaus, alcançou nesta semana a marca de 200 transplantes renais realizados. O número foi atingido dois anos após o início dos procedimentos na unidade, que integra a rede estadual de saúde do Amazonas.
Desde 2023, o hospital vem mantendo uma média de 100 transplantes por ano, o que representa três vezes mais do que o total realizado em 2022, quando os pacientes só conseguiam acesso ao procedimento por meio do Tratamento Fora de Domicílio (TFD) — sendo encaminhados para outros estados.
“Mais do que números, são histórias de superação, famílias que voltaram a sorrir, vidas que começaram com esperança”, disse Cristian Tassi, diretor executivo do hospital.
Avanço técnico e estrutura moderna

O primeiro transplante com doador vivo foi feito no Delphina Aziz em julho de 2023. Já o primeiro procedimento com doador falecido aconteceu em junho deste ano. As cirurgias marcam a ampliação da capacidade técnica da unidade, que passou por investimentos do Governo do Estado para se tornar referência em média e alta complexidade.
Segundo o hospital, o programa de transplantes é sustentado por uma equipe multidisciplinar, formada por profissionais de nefrologia, enfermagem, cirurgia, psicologia, fisioterapia e serviço social. Todos atuam de forma integrada para garantir o cuidado completo ao paciente — antes, durante e depois da cirurgia.
Atendimento mais humanizado
Com a oferta do procedimento no próprio estado, os pacientes não precisam mais se deslocar para longe de casa, o que representa mais conforto e segurança durante o tratamento.
“Antes da habilitação do Delphina Aziz, os pacientes precisavam viajar. Era um desafio logístico e emocional. Agora, eles permanecem perto da família e da rede de apoio, o que melhora muito o processo de recuperação”, explicou Márcio Luna, gerente do TFD da Secretaria de Saúde do Amazonas (SES-AM).
Referência na Região Norte
O Delphina Aziz é hoje o principal hospital público do Amazonas em transplantes renais. A marca de 200 cirurgias reforça o papel da unidade como centro estratégico para o fortalecimento da saúde pública na região Norte, com redução de custos para o estado e ampliação do acesso a tratamentos de alta complexidade.
Foto: Divulgação / SES-AM