
Uma operação conduzida pela Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) levou à prisão em flagrante de Max Palheta Teixeira, de 26 anos, acusado de cultivar ilegalmente uma variedade de maconha conhecida como supermaconha, em estufas instaladas em uma empresa de fachada no bairro Colônia Santo Antônio, na zona norte de Manaus. A ação foi realizada pelo Departamento de Investigação sobre Narcóticos (Denarc) na última terça-feira (22).

A investigação, que durou cerca de uma semana, teve início a partir de denúncias anônimas que apontavam para atividades suspeitas em um imóvel que supostamente funcionava como ferro-velho. No entanto, o que parecia ser apenas uma sucata, escondia uma estrutura sofisticada para o cultivo da Cannabis sativa, com alto controle de iluminação, ventilação e umidade — condições ideais para a produção da chamada supermaconha, droga mais potente devido à alta concentração de THC, seu composto psicoativo.

“Durante a abordagem, o forte cheiro já indicava a presença da droga. Encontramos diversas estufas em funcionamento e evidências claras de que o local era usado exclusivamente para o cultivo e preparo da substância”, explicou o delegado Rodrigo Torres, diretor do Denarc.
No total, os policiais apreenderam 26 mudas da planta e 19 vasos com exemplares fêmeas, além de ervas secas prontas para consumo, sementes, pulverizadores, fertilizantes e materiais utilizados para o processamento da droga. Segundo as investigações, Max era responsável por todo o ciclo de produção — do plantio à secagem e venda — e também estaria ensinando outras pessoas a reproduzir o modelo em outras áreas da capital.

Apesar de ter alegado inicialmente que o cultivo era para consumo próprio, a quantidade apreendida e a estrutura montada desmentiram essa versão. Para o delegado, ficou claro que o objetivo era comercial.
“Ele estava operando um verdadeiro laboratório artesanal de maconha, com técnicas modernas e conhecimento técnico sobre o cultivo. Já havia até porções embaladas, prontas para venda”, destacou Torres.
As investigações continuam para identificar possíveis comparsas e mapear outros pontos de cultivo semelhantes em Manaus. O preso foi autuado por tráfico de drogas e permanecerá à disposição da Justiça após passar por audiência de custódia.

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