Mãe vende recém-nascido por R$ 500 para pagar dívida com agiota em Manacapuru

MANACAPURU (AM) — Uma mulher foi presa em flagrante após vender o próprio filho recém-nascido por apenas R$ 500 no município de Manacapuru, interior do Amazonas. Segundo a Polícia Civil, o valor da negociação seria usado para quitar uma dívida com um agiota. O caso resultou ainda na prisão de um casal paulista, que teria comprado o bebê, e de um empresário da cidade, apontado como intermediador da entrega.

De acordo com as investigações, a mulher, identificada apenas como Manausa M., atravessava dificuldades financeiras e decidiu entregar a criança em troca do dinheiro para saldar a dívida. O intermediário da transação seria o empresário José Urbelan Pinheiro de Magalhães, conhecido como “Sabão”, dono de uma lanchonete em Manacapuru. Ele também foi preso e deve responder por entrega ilegal de menor.

Em depoimento à polícia, o empresário alegou que apenas facilitou o contato entre a mãe e os compradores e que teria repassado integralmente o dinheiro à mulher. No entanto, sua participação na negociação foi confirmada pelas autoridades, que efetuaram sua prisão na última sexta-feira (11).

Casal paulista tentou registrar bebê como se fosse pai biológico

Os compradores, Wesley Fabian Lourenço e Luiz Armando dos Santos, são naturais de São Paulo e foram flagrados quando retornaram ao hospital onde o bebê nasceu, sob o pretexto de visitar a criança. Wesley chegou a afirmar ser o pai do recém-nascido e tentou incluir seu nome na documentação hospitalar, além de ter participado de registros fotográficos durante o parto.

A conduta do casal chamou a atenção da equipe médica, que desconfiou da situação e acionou a Polícia Civil. Ambos foram presos em flagrante e devem responder, além da entrega ilegal de menor, também por falsidade ideológica.

Criança permanece sob cuidados médicos

Enquanto os envolvidos aguardam as medidas judiciais, o recém-nascido permanece internado sob observação médica. A criança deve ser encaminhada nos próximos dias ao Conselho Tutelar, que irá definir os próximos passos junto à Vara da Infância e Juventude.

A mãe, que ainda está hospitalizada, será ouvida pelas autoridades assim que receber alta.

Polícia reforça investigações

As autoridades seguem investigando o caso para entender se há outros envolvidos ou práticas semelhantes na região. A Polícia Civil ressaltou que, mesmo diante de dificuldades financeiras, a entrega de uma criança em troca de dinheiro configura crime previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente.

O caso repercutiu fortemente no município e gerou revolta entre moradores.

Foto: Internet

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *