
PORTO VELHO (RO) – Oito homens morreram após uma troca de tiros com a Polícia Militar, na tarde da última quarta-feira (2), no bairro Cai N’Água, região central da capital. A operação foi deflagrada após levantamento de inteligência que indicava a presença de criminosos armados em uma residência da área.
Durante a abordagem, os policiais teriam sido recebidos com disparos de arma de fogo. Houve confronto, e os suspeitos foram atingidos. Todos foram socorridos e levados ao Hospital João Paulo II, onde sete deles morreram logo após darem entrada. O oitavo, em estado grave, não resistiu aos ferimentos e faleceu horas depois.
As investigações apontam que o grupo era ligado a uma organização criminosa com atuação nacional e estaria envolvido em atividades como tráfico de drogas, homicídios, porte ilegal de arma de fogo e roubos. Parte dos mortos tinha ligação direta ou era monitorada por envolvimento com o Primeiro Comando da Capital (PCC).
Quem eram os suspeitos
Segundo as autoridades, os oito mortos possuíam antecedentes criminais e alguns eram investigados por participação em diversos assassinatos:
- Leandro de Castro Ferreira – Responde por tráfico de drogas, falsidade ideológica e era monitorado por ligação com o PCC.
- Edson Ribeiro da Costa Silva – Tinha passagem por tráfico de drogas e também estava sob monitoramento pelo PCC.
- Alesson Marciao Carvalho – Com histórico de roubo, porte ilegal de arma e tráfico; seria responsável por ao menos 30 homicídios, dos quais assumiu autoria de 20.
- Paulo Ricardo de Souza Mesquita – Foragido da Justiça, era apontado como um dos líderes do PCC em Rondônia. Tinha passagens por porte de arma e tráfico, investigado por múltiplos homicídios, inclusive pela decapitação de um jovem em 2020 e pela morte de um motoboy.
- Antônio Ociolando Rodrigues de Menezes – Já havia sido preso por atentado, tráfico e roubo.
- Yago Henrique Almeida dos Santos – Com passagens por homicídio, roubo e tráfico de drogas.
- Vinícius Gustavo Silva de Souza – Investigado por tráfico de drogas, atentados e roubo.
- Richard André Pereira da Silva Santana – Nome confirmado entre os mortos; antecedentes em apuração.
Após a ação, equipes da perícia e da Delegacia de Homicídios estiveram no local para coletar provas. A Polícia Civil deve instaurar inquérito para investigar as circunstâncias do confronto e a participação dos envolvidos em crimes ocorridos na capital.
A operação continua, e as autoridades não descartam novas prisões ou confrontos relacionados à mesma célula criminosa.
Foto: Reprodução/PM